LYRA, A LIRA
Posicionamento:
Ascensão Reta 18h12m / 19h26m Declinação +25o.6 / +47o.7
A Constelação da Lira ocupa somente 286 graus quadrados do céu
e está na pposição 52a. em termos de tamanho dentre as 88 constelações.
e está na pposição 52a. em termos de tamanho dentre as 88 constelações.
Fronteiras:
Hercules Vulpecula, Cygnus, Draco
http://www.iau.org/static/public/constellations/gif/LYR.gif
Principais ESTRELAS, EM LIRA:
"Vega Spitzer" por Courtesy NASA/JPL-Caltech/University of Arizona - Jet Propulsion Laboratory. Licenciado sob Domínio público, via Wikimedia Commons - http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vega_Spitzer.jpg#/media/File:Vega_Spitzer.jpg
Vega. Alpha Lyrae. Estrela Dupla
Ascensão Reta 18h 36m55.7 Declinação +38o 46m56s
Magnitude visual 0,14 - Distância 26 anos-luz
Magnitude visual 0,1 e 10,5 Distância entre estrelas 62”,84
Magnitude aparente de Vega: 0,03
Classe de Vega: V Tipo Espectral de Vega: AO
Uma estrela cor de safira pálido, situada na parte inferior da Lira (do ponto de vista a partir do norte em direção ao sul).
É considerada a quinta estrela mais brilhante do céu, a partir de nossa simples visão desarmada, ou seja, a olho nú (as outras estrelas são, em ordem, Sirius, Canopus, Alpha Centauri e Arcturus - sendo que esta última estrela é a primeira mais brilhante dos céus do norte, ocupando Vega a segunda posição).
De Al Wai, Aquela que Cai, e conhecida na antiguidade como o Corvo que Cai, O Abutre Mergulhando, Vultur Cadens. A Águia que cai, nome latino assim registrado nas Tabuas Alfonsinas, mas cuja origem provém do vocábulo árabe Al Waki - ave de rapina. Também conhecida como a Águia mergulhando no Ar. Em alguns alfarrábios, é comentado o fato de que Al Waki era usado para denominar as três estrelas formadoras do pequeno triângulo adjuntado à figura maior e quase quadrangular da cosntelação da Lira: as estrelas Alpha, Vega, e Epsilon e Zeta.
O pequeno triângulo formado entre as estrelas Alpha e Epsilon e Zeta - as duas primeiras atuando como parte da moldura da Lira e a terceira como uma das cordas (que se estende até alcançar a estrela Beta) -, trouxe várias interpretações: para os chineses era Chih Neu, um dos finais da Ponte sobre a Via Láctea - sendo a Águia o outro final (podendo também incluir parte do Cisne) e esta história também era popularmente conhecida na Coreia e no Japão.
Este pequeno triângulo de estrelas era conhecido como 20o. Nakshatva, Abhijt, Vitorioso, a mais norte dessas divisões estelares e muitíssimo distante do caminho da Lua, porém aparentemente utilizada por ser um objeto tão esplêndido e era entendido como trazendo bons fluídos e que sob sua influência os deuses haviam vencido algumas das divindades hindus voltadas para o mal.
Para os árabes, este pequeno triângulo formava um dos muitos Athafyy e considerado ‘do povo’ enquanto outros, bem mais pálidos, em Aries, Draco, Musca e Orion, eram considerados ‘dos astrônomos’ - porquanto os objetos celestes são sempre muito simples para eles (os astrônomos) e invisíveis para o observador comum (o povo).
Para os egípcios, Vega era conhecida como Ma’at, a estrela da Águia, e isso quando esta estrela marcava o pólo norte. Possivelmente, esta estrela atuaria enquanto ponto de orientação para alguns dos templos em Denderah ainda bem antes do tempo em que a estrela Alpha Ursae Majoris passou a ocupar o lugar de estrela polar.
Na Babilônia, esta estrela era considerada A Mensageira da Luz, Dilgan.
O povo Inuit, do Ártico, onde esta estrela jamais se põe, a denomina Kingulliq, Aquele que se situa atrás - em função do fato de que esta estrela segue a Arcturus, nos céus estrelados.
Para o povo Maori, da Nova Zelândia, Vega é denominada de Wahnui, e seu aparecimento no céu imediatamente antes do amanhecer do dia ditava o momento de plantar a kumara ou batata doce.
Existe um fato bem interessante (extremamente futurista) em relação a Vega: sabemos que Sirius é a estrela mais brilhante do céu, em magnitude visual, é claro. No entanto, nem sempre Sirius reinou absoluta, ou seja, o reinado desta belíssima estrela teve seu começo em 90 mil anos antes de agora e terminará em mais 210 mil anos à frente - sendo o momento ápice de seu brilhantismo acontecerá mais 60 mil anos à frente. Então, entrará em cena a estrela Vega, que reinará a partir de 210 mil anos à frente e concluirá seu reinado em 480 mil anos no futuro... e Canopus será a candidata seguinte... Durante o tempo em que Vega estiver ocupando o lugar de estrela mais brilhante, é certo que - permanecendo o eixo da Terra inclinado num ângulo de 23o -, esta estrela também estará ocupando o trono de Estrela Polar a cada 26 mil anos!
Vega atuou como a estrela polar (há cerca de 12 milênios atrás) e os arcádios a chamavam de Tir-ama, A Vida do Céu, e os Assírios de Dayan-same, Juiz do Céu.
Vega estará novamente ocupando o lugar de estrela polar mais cerca de 12.000 anos à frente - sempre a estrela polar mais brilhante!
Vega é a estrela referenciada em relação ao Apex do Sol. Sobre este Tema, o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão nos explica: “ Nosso sistema solar, como um todo, se desloca através do espaço em direção a Vega, a estrela mais brilhante da constelação de Lira. É bom lembrar que Vega também se desloca pelo espaço, de maneira que, quando nosso Sistema atingir o lugar ocupado atualmente por Vega (+- 26 anos-luz), ela não estará mais em tal posição.
Vega tem como diâmetro 4.315.000 km, 338 vezes maior que o da Terra (que é de 12.756 km). Vega é considerada como uma estrela ainda nova, com pouco mais de 1 milhão de anos. Nos anos 80, foi descoberto um anel de poeira à sua volta - o que poderia sugerir planetas (mesmo que sejam planetas, dificilmente caberiam vida porquanto a estrela é ainda muito jovem)... mas depois chegou-se à conclusão de devem ser detritos de massas celestes.
No entanto, mais recentemente, descobriu-se que este disco circum-estelar em torno a Vega é certamente algo interessante e possui um formato que sugere influência gravitacional de um possível planeta gigante atuando uma órbita excêntrica.
Modelos realizados em computador sugerem esta realidade e inserem Vega na lista de sistemas que podem abrigar extrasolares planetas. Com isso, o paradigma acerca discos pode efetivamente mudar.
Alpha Lyrae (α Lyr), mais conhecida como Vega, é a estrela mais brilhante da constelação de Lira e a 5ª estrela mais brilhante do céu noturno, separada do nossosistema solar por 25 anos-luz, o que a torna uma das estrelas mais próximas do nosso Sol.
Considerada uma estrela nova, com pouco mais de 455 milhões de anos desde sua formação1 , 1/10 do tempo do nosso Sol, tem 2,5 vezes a massa, 3 vezes o diâmetro e cinquenta vezes mais intensidade de brilho que nossa estrela. Astrônomos calcularam a temperatura da estrela em cerca de 10.000 Kelvin nas regiões polares e 7.600Kelvin na linha equatorial.
Vega tem um anel de poeira e gases a sua volta, o que na época de sua descoberta, nos anos 80, imaginou-se ser um início de formação planetária, mas estudos mais recentes chegaram a conclusão de que mais provavelmente se trata de detritos de massas celestes, devido exatamente a idade relativamente jovem de Vega. Mesmo que ali existam planetas, é pouco provável que exista vida neles, devido ao pouco tempo de formação da estrela.
O famoso cientista e escritor Carl Sagan, ao escrever um de seus maiores sucessos literários, Contato - estrelado no cinema pela atriz Jodie Foster – coloca Vega como ponto de encontro de uma civilização infinitamente mais adiantada que a nossa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vega_(estrela)
Sheliak - Beta Lyrae - Estrela Dupla e eclipsante (Variável).
Ascensão Reta 18h48m Declinação +33o.18
Magnitudes: Max 3,4 Min 4,3 Período 12,9
Tipo LIR Espectro B9 Distância 300 anos-luz
Provém do árabe Al Shelyak, ou seja, um dos nomes árabes para a Lira. Também este nome é conhecido como A Tartaruga (reza o mito que a lira foi feita a partir do casco da tartaruga).
Sheliak situa-se cerca de 8o. sudeste de Wega e 2 1/2o. oeste de Sulafat.
Na China, esta estrela, juntamente com as estrelas Delta e Iota, eram chamadas de Tsan Tae.
As mudanças em seu brilho mostraram um aumento regular de período de variação de 12 dias e 22 horas, com muitas flutuações de natureza um tanto complexa.
Assim como Gamma Cassiopeaiae e outras estrelas variáveis do tipo Sírio, mostra em seu espectro não somente as usuais linhas escuras mas também as linhas brilhantes de gases, hidrogênio e helio bem abundantes. A conclusão é de que a estrela maior deve consistir de ao menos dois corpos luminosos rodando em torno a um centro comum de gravidade numa velocidade bem grande e o período da revolução é igual ao período de variabilidade.
Suas duas estrelas brancas e bem alongadas como um resultado de suas atrações mútuas gravitacionais e rápidas rotações. Estão tão próximas uma à outra que suas atmosferas se entrelaçam e matéria é levada da estrela maior para a estrela menor. Ao mesmo tempo, algum gás escapa num jorro espiralado para o espaço ao redor.
Beta Lyrae (β Lyr / β Lyrae) é uma estrela binária localizada a cerca de 882 anos-luz da Terra, na constelação de Lyra. Possui o nome tradicional de Sheliak.
Beta Lyrae é uma binária eclipsante, que consiste de uma estrela B7II (a primária) e uma secundária, provavelmente também do tipo B. A primária, apesar de seu maior brilho, é menos massiva do que a secundária, sendo que possui um diâmetro maior do que seu próprio lóbulo de Roche - em outras palavras, a estrela não possui a gravidade suficiente para manter o material em suas camadas mais externas, que são atraídas pela secundária. Esta, mais massiva e menos brilhante, possui um disco de acreção como resultado.1
A magnitude aparente de Beta Lyrae muda de +3,4 para +4,6, com um período de 12,9075 dias. Os dois componentes do sistema estão tão próximas uma das outras que não podem ser identificadas individualmente, quando observados em um telescópio. Sabe-se que o sistema é uma binária pelo eclipse e por evidência espectroscópica, tornando o sistema também uma binária espectroscópica.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Beta_Lyrae
Sulafat - Gamma Lyrae
Magnitude 3.2 Classe III Tipo Espectral B9 Distância 200 anos-luz
A Tartaruga, outra denominação para esta constelação. É possível que também esta estrela tenha ganho este nome por apresentar sua posição na moldura da Lira.
Estrela amarelo brilhante.
A um terço da distância entre as estrelas Beta e Gamma Lyrae, encontra-se a maravilhosa Nebulosa do Anel, NGC 6720, M57, descoberta em 1772 embora sua forma aparentemente anular tenha sido revelado mais tarde, por William Herschel em suas observações.
Telescópios mostram sua forma um tanto indefinida em suas extremidades, com uma abertura escura ao centro acolhendo pálidas estrelas bem como, através lentes potentes, uma estrela bem proeminente se revela.
O espectro da nebulosa e da estrela central é puramente gasoso. Embora pareça oval para nossos olhos, é supostamente quase circular porém visto obliquamente. Esta nebulosa pode ser visualizada através telescópios pequenos.
Delta Lyrae - Estrela Dupla Variável
Distância 800 anos-luz Tipo Espectral B9 Classe III
Na China era denominada de Leen Taon, Caminhos Interiores no Palácio.
Para espanto de alguns autores e comentários, a observação da Estrela Dupla Delta é realmente um ato de tirar o fôlego - tal a surpresa da visão encontrada! Mesmo através binóculos, é possível resolver esta questão exatamente buscando ao centro de Delta 1 e Delta 2 uma belíssima coleção de jóias espalhadas...: e estaremos diante de um tipo de aglomerado aberto espaçadamente agrupado e nomeado de Stephenson 1. A estrela cor de topázio Delta 2 é bem mais chamativa e ancora um asterismo próximo ao seu centro delineado como um diamante. Delta 1 e as próximas duas brilhantes estrelas são de cor azul turquesa. Existe um ziguezaguear de estrelas que inclui duas grandes duplas acontece a noroeste do aglomerado. Através grandes telescópios, são reveladas cores num encadeamento de estrelas de 9 a 11 magnitudes que começa entre Delta 1 e Delta 2: muitas dessas estrelas são de cor safira porém a gema central é um outro sol topázio. O comentário que se faz é que, depois do Aglomerado Duplo em Perseus, esta jóia preciosa situada em Lira nomeada de Stephenson 1 e bem pouco conhecida é, certamente, o aglomerado mais colorido dos céus do norte!
Epsilon Lyrae - Duas Estrelas Duplas (Double Double) - Sistema Quádruplo
AR 18h42m Dec. + 39o.37
Magnitude visual 5,1 e 6,0 (estrelas amarelas) - 5,1 e 5,4 (estrelas brancas)
Distância entre estrelas 2”,68 e 2”,34
Distância 150 anos-luz
Duas estrelas duplas formando um sistema quádruplo e o sistema inteiro é atado entre si gravitacionalmente. Não é comum encontrar um sistema dessa natureza e esta interação gravitacional tão complexa pode bem envolver outras estrelas.
São conhecidas como Duplas Duplas (Double Double), cada par separado possivelmente realizando uma revolução num período de mais de duzentos anos e ambos os pares realizando a revolução em torno a um centro de gravidade em comum e em período que pode ser medido em milênios - devido ao fato de que sua medição ao longo de vários e vários anos não mostrou qualquer sensível moção orbital.
Leia mais sobre a importância da estrela Epsilon Lyrae mais abaixo, no Texto sobre Zeta Lyrae e a formação, juntamente com a estrela Alpha Lyrae, Vega, do Pequeno Triângulo tão cantado pelos povos antigos. E também, neste Trabalho Sobre a Constelação da Lira, nos Textos voltados para Algumas Informações...... e Observação do Céu......., encontre outros tantos comentários acerca este Pequeno Triângulo.
Zeta Lyrae - Estrela Dupla
Juntamente com a Estrela Epsilon Lyrae e com a Estrela Alpha Lyrae, Vega, Zeta Lyrae forma um belo Triângulo na constelação, representado miticamente por vários povos.
Tanto Epsilon Lyrae quanto Zeta Lyrae são estrelas Duplas - bem como Vega.
A este Pequeno Triângulo foi delineado a figuração de um Pássaro, advindo de Al Waki, vocábulo mais conhecido em relação à Vega, a Alpha Lyrae, porém também usado para designar este triângulo.
Em vários desenhos dos mitos das constelações, nas cartas celestes, são encontrados representações de um instrumento musical de cordas - lira, harpa, violino, cítara, címbalo - sendo encimado, amalgamado a um pássaro ou a um casco de tartaruga (de acordo com o mito original, da lira construída por Mercúrio a partir dos restos desse animal).
Neste Trabalho Sobre a Constelação da Lira, nos Textos voltados para Algumas Informações...... e Observação do Céu......., encontre outros tantos comentários acerca este Pequeno Triângulo.
Aladfar - Eta Lyrae
Nome árabe que designa o toque do dedo na harpa.
Mu Lyrae - Al Athfar
As Garras da Águia que Cai, descrita como uma estrela pálida diante de uma estrela brilhante, ou seja, a oeste de Vega.
Sigma 2470 e Sigma 2474 - Duas Estrelas Duplas (Double Double)
- Sistema Quádruplo
Outro Sistema Double double (Duplo duplo) pode ser observado a cerca de 7 graus sudeste de Epsilon Lyrae, a famosa Double double (Dupla dupla) da constelação da Lira!
Este sistema foi descoberto no começo do século dezenove ganhando a denominação de Sigma2470 e Sigma2474, sendo que a magnitude do primeiro par realiza-se através 7.0 e 8.4; o segundo par realiza-se através 6.8 e 8.1. Quanto ao primeiro par, encontram-se as estrelas tão distantes que não se tem a segurança de que sejam realmente binárias; o segundo par, por outro lado, é certamente uma estrela binária.
Este sistema não é comum de ser encontrado nos alfarrábios - porém pude constatar que aparece em Norton’s Stars Atlas como uma estrela dupla.
R Lyrae - Estrela Variável Irregular
Ascensão Reta 18h53m Declinação +54o.53
Magnitudes: Max 4,0 Min 4,5
Tipo IRR Espectro M5
http://www.raremaps.com/gallery/detail/31398op/_Lyra_Stars_Heightened_in_Gold/Bayer.html
Map Maker: Johann Bayer
Referências Bibliográficas:
- Richard Hinckley Allen, Star Names, Their Lore and Meaning, Dover Publications, Inc, New York, USA
- Arthur P. Norton and J. Gall Inglies, Norton’s Stars Atlas and Telescopic Handbook - Sky Publishing Corporation, Cambridge, Massachusetts, USA
- Wil Tirion - Atlas of the Night Sky - The Hamlyn Publishing Group Limited, London, England
- Antonin Rükl - The Hamlyn Encyclopedia of Stars & Planets - The Hamlyn Publishing Group Limited, London, England
- Mario Jaci Monteiro , As Constelações, Cartas Celestes -
Apoio: CARJ/MEC/CAPES/PADCT-SPEC - com dedicatória do autor para mim, em março de 2004 (quando Mário Jaci generosamente me presenteou com um instrumento de observação (kepleriano) artesanalmente construído por ele).
- 6a. Edição do Atlas Celeste
de autoria de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
Editora Vozes, Petrópolis, ano de 1986
(com dedicatória do próprio autor para mim
em evento realizado no Museu de Astronomia do Rio de Janeiro,
em 16/06/1989)
- Identificação do Céu (Livro que foi sendo revisado e reeditado algumas vezes) de autoria de Fernando Vieira,
Secretaria Municipal de Cultura, Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro
(com dedicatória do próprio autor para mim em Curso de Identificação do Céu,
em 30/07/1999))
Com um abraço estrelado,
Janine Milward
Sítio das Estrelas - Parada de um caminho a Caminho do Céu
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