Este é o chamado Triângulo do Verão
(verão para o hemisfério norte e inverno, para o hemisfério sul, naturalmente).
Talvez seja mais interessante que possamos denominar
como o Grande Triângulo do Norte!
São dois pássaros voando - Águia e Cisne - e um instrumento musical tocando - Lira, Violino, Címbalo, Harpa, Cítara -, e também sempre não podemos nos esquecer que a constelação da Lira tem sido denominada de Vultur Cadens, Águia que Cai, Abutre Mergulhando, ou seja, formando uma trindade de pássaros e suas estrelas Alpha - Altair, Deneb e Vega (cujo vocábulo deriva de uma Ave de Rapina, Al Waki) : o Grande Triângulo do céu do norte!
Os Textos abaixo são
Excertos de meu Trabalho
acessado em
http://www.raremaps.com/gallery/detail/31398op/_Lyra_Stars_Heightened_in_Gold/Bayer.html
A Lira é uma constelação sempre maravilhosa e nos trazendo seu encantamento, seja através a observação a olho nú, ou através binóculos e telescópios.
A Lira, enquanto um instrumento musical, pode sempre estar nos apresentando apenas um dos instrumentos de sua grande orquestra....; ou pode sempre estar nos apresentando alguns ou mesmo (quase) todos os instrumentos/objetos celestiais de sua grande orquestra..;. e ainda o maestro apontando seu super telescópio para poder amealhar outros demais instrumentos/objetos celestes que aguardam serem revelados ao público sempre disposto a aplaudir a doce musicalidade advinda dessa belíssima constelação dos céus estrelados do norte!
O simples e singular instrumento musical da Lira acontece quando a observamos a olho nú e nos deixamos encantar pela delicada música realizada através de suas cordas tremulantes sendo dedilhadas pelo mito de Orpheu.
Alguns ou mesmo (quase) todos os instrumentos/objetos celestiais de sua grande orquestra acontece quando a observamos através simpáticos telescópios, de menor ou de maior potência. Surgem objetos celestes admiráveis, fundamentalmente entra em cena a belíssima e sempre tão buscada e observada Nebulosa do Anel!
O maestro regendo a grande orquestra e ainda revelando mais e mais instrumentos/objetos celestiais que aguardam por seus momentos de entrada..., acontece quando os super telescópios e a tecnologia cada vez mais avançada das várias formas de fotografia são direcionados para esta constelação! Aglomerados e Galáxias entram em cena e tomam seus lugares.
Eu diria que, nesta orquestra dos céus, o lugar do solista é ocupado pela estonteante Nebulosa do Anel que vai sendo revelada mais e mais em seus profundos segredos que repousam em seu interior aparentemente vazio e que vai se enchendo de estrelas, pouco a pouco - quanto mais avançadamente a astronomia caminha, mais profundamente investiga e traz à luz objetos celestiais ainda nem sonhados em nossa vã filosofia...! Talvez possamos pensar que o maestro seja representado pela segunda mais brilhante estrela dos céus do norte e a quinta mais brilhante estrela de todos os céus: Vega.
Você e eu, Amantes das Estrelas, somos o público e nos posicionamos ansiosamente diante do belíssimo espetáculo apresentado no palco dos céus estrelados!
Este Grande Triângulo acaba por amealhar, para nossa visão a olho nú, algumas constelações que se encontram em seu entorno:
Primeiramente, eu tenho a dizer que a constelação da Lira atrai minha imediata atenção para os céus do norte e para si e certamente é sempre Vega a estrela a atuar enquanto um verdadeiro farol!
Em segundo momento, se o observador estiver situado em um sítio de céus escuros e transparentes e em noite de Lua ainda escondida, lua boêmia e/ou adolescente (Lua entre suas fases de Minguante a Nova, de preferência, e/ou Lua em dias iniciais de novo ciclo e já deitada no horizonte oeste), é certo que a Via Láctea estará se apresentando de maneira grandiosa, advinda do Cruzeiro do Sul e logo encontrando o Escorpião e a partir de então, deixando acontecer o Rio do Vazio (denominação minha) que vai correndo entre duas margens de estrelinhas de algodão e novamente encontrando terra firme (ou retorno à Via Láctea tecida pelas estrelinhas de algodão), digamos assim, já na constelação do Cisne e ainda acontecem duas lagoas até que finalmente entra em cena a estrela Alpha Cygnus, Deneb (sendo que o Cisne quase por inteiro voa por sobre as águas da praia do Rio do Vazio e sobre as duas lagoas).
Extraído da Revista Astronomy, edição impressa de setembro de 1998, página 86.
A inserção dos nomes das estrelas Altair, Vega e Deneb são minhas, Janine, bem como a inversão do mapa, para melhor visualização virtual.
Aquilo que eu, Janine, denomino enquanto Rio do Vazio, é um pedaço de escuridão, de vazio, de fissura, de hiato, de brecha, que traz uma bifurcação, digamos assim, no caminho das estrelinhas de algodão da Via Láctea, a partir das constelações da Águia, do Escudo, da Cauda da Serpente e de Hércules, e que vai avançando tendo as constelações da Águia, de Hercules, de Sagitta, da Vulpecula e ainda a constelação da Lira em sua fronteira e concluindo seu percurso adentrando o Cisne até encontrar a praia de estrelinhas de algodão e encontrando ainda duas lagoas que terminam aos pés de Deneb, Alpha Cygnus.
Esse Rio do Vazio é conhecido como a Grande Fissura, the Great Rift, a Grande Fenda.
A meteor's streak and the arc of the Milky Way hang over the imposing mountain fortress of Alamut in this starry scene. Found in the central Alborz Mountains of Iran, Alamut Castle (2160 m) was built into the rock in the 9th century. The name means Eagle's Nest. Home of the legendary Assassins featured in the adventure movie Prince of Persia, Alamut was also historically a center for libraries and education. For a time, it was the residence of important 13th century Persian scholar and astronomer Nasir al-Din al-Tusi (or simply known as Tusi). Highlights in the background sky include bright white stars Deneb (in Cygnus), Vega, and Altair, nebulae near the Galactic Center, and the dark obscuring dust clouds of the Milky Way also known as the Great Rift. Lights at the lower right are from small villages and the capital Tehran, over 100 kilometers away to the southwest.
Esses Três Pássaros - Cisne, Águia e Abutre, representados por Cygnus, Aquila e Lyra -, realizam seus vôos em absoluta interação entre si e entre as margens compostas por estrelinhas de algodão, a Via Láctea, e pelo Rio do Vazio.
Do lado da margem do Rio do Vazio onde a constelação da Lira se encontra, poderemos, então, observar, ainda mais ao norte, as estrelinhas que compõem a Cabeça do Dragão, Draco, aquele que se enredilha entre as constelações vicinais e sempre candidatas ao Pólo Norte Celestial. A bem da verdade, esta Cabeça situa-se bem aos pés do Herói Hercules, o Herói Ajoelhado, cuja cabeça e um dos braços estendido acabam encontrando-se com a maravilhosa jóia do céu do norte, a Coroa Boreal, também protegida pela Cabeça da Serpente que Ophiucus, o Serpentário, segura e divida esta Serpente entre Cabeça e Cauda - sendo que esta última, a Cauda, quase toca a Lira!
http://www.raremaps.com/gallery/detail/33151op/Aquila_Stars_Heightened_in_Gold/Bayer.html
Do lado da margem do Rio do Vazio onde a constelação da Águia se encontra, poderemos em sua Cabeça, observar a intenção trina de imitação das estrelas componentes visualmente do Cinturão do Orion, o Gigante Caçador (as popularmente chamadas de Três Marias) através suas estrelas Alpha Aquilae, Altair, acompanhada de Beta Aquilae, Alshair, e de Gamma Aquilae, Reda ou Tarazed.
A Águia voa altaneira, sempre capitaneada por suas três estrelas imediatamente acima descritas. No entanto, também em sítios de céus escuros e transparentes, poderemos nos deixar encantar pelas presenças de três pequenas constelações aliadas à Águia. São elas: Scutum, o Escudo, Delphinus, o Delfim, e Sagitta, a Flecha. A meu ver, a constelação do Escudo não se mostra assim tão claramente, é mais difusa em seu delineado. No entanto, o Delfim é de uma delicadeza ímpar em seu delineado se apresentando como se fosse uma pedra preciosa sendo esculpida com zelo..., e a Flecha nos faz sempre sorrir ao vê-la pois que se apresenta literalmente enquanto esse objeto!
Certamente, sempre que nos deparamos com a beleza de vôo realizado pela Águia - vôo esse sempre acompanhado pelo Delfim, pela Flecha, pelo Escudo e pelo Cavalo, Equuleus (confesso que não consigo bem visualizar esta pequena constelação) -, podemos ter a referência da constelação zodiacal do Capricórnio, que se apresenta, a olho nú, em um delineado de grande triângulo, realmente. Em seguimento, entra em cena Aquarius, com seu surpreendente ziguezaguear de estrelinhas tímidas que acabam se enredilhando com os Peixes voltados para testemunharem o mito de Andromeda, através esta constelação acolhedora de nossa irmã-galáxia de mesmo nome e através o Cavalo Alado, Pegasus.
E é certo que nosso olhar voltado para Altair, Alpha Aquilae, estará sempre nos fazendo recordar a presença do Grande Triângulo formado por esta estrela e ainda por Deneb, Alpha Cygnus, e pela nossa tão já decantada e encantada e comentada Vega! (Confesso ao Caminhante do Céu que meu quarto está voltado para o leste e fico muito feliz quando, já deitada em minha aconchegante cama, posso esperar pela chegada e saudação desta estrela, Altair, voando junto às suas duas irmãs - quase como uma repetição de As Três Marias!).
Estivemos comentando sobre o Rio do Vazio (denominação minha) que é acompanhado, em suas duas margens pelas constelações que vim descrevendo mais acima e que possui uma Ponte imaginária e imaginada pelos povos antigos unindo as estrelas Altair, Alpha Aquilae, a Vega, Alpha Lyrae. Acontece que o Cisne apresenta em seu delineamento de constelação, grande parte de seu vôo realizado através seu imenso corpo alongado em sua cabeça e ainda mais alongado em suas asas, acontecendo por sobre as duas margens e os momentos finais desse Rio do Vazio, sendo que sua estrela Alpha, Deneb, já se encontra em terra firme, digamos assim, após duas lagoas escuras e então trazendo a conclusão desse Rio do Vazio e se deixando entremear pelas estrelinhas de algodão que dão continuidade à Via Láctea em seu trajeto rumo às constelações bem ao norte, encontrando Cepheus, Cassiopéia... e então retornando ao seu caminho rumo ao sul, começando por Perseus e depois já atravessando o Cocheiro, Auriga, e então se dirigindo, para nosso total encantamento, para acolher Orion, seguir em direção ao Cão Maior e deslumbrar Sírius, a mais bela dos céus estrelados, e então mergulhar nos mares do Navio..., até novamente ajoelhar-se diante da Cruz e abençoar a proximidade do Pólo Sul Celestial... e novamente seguir seu caminho rumo ao Escorpião e sua fronteira com o Sagitário onde nos revela (ou não revela) seus mais profundos segredos escondidos no centro da nossa Galáxia, da Via Láctea, caminho do leite celestial.
http://www.raremaps.com/gallery/detail/33478op/_Cygnus/Bayer.html
O Cisne é uma constelação imensa e muitíssimo arrebatadora, eu diria, porque se apresenta enquanto um verdadeiro e imenso pássaro voando com suas asas inteiramente abertas, esticadas, projetadas rumo norte e rumo sul, cabeça ereta e honrosa, e cauda ainda mais honrosa pois que é representada por sua estrela Alpha, Deneb (deneb é um vocábulo que quer dizer cauda, rabo).